Um grupo de cidadãos que ergueu na madrugada desta quarta-feira três cartazes em Lisboa, Loures e Algés (Oeiras) a denunciar os abusos sexuais sofridos por milhares de crianças na Igreja Católica, de forma a assinalar a chegada do Papa Francisco, acusa a Polícia Municipal de Oeiras de ter retirado ilegalmente aquele que fora colocado naquele concelho.
“Não contactaram o fornecedor dos cartazes, que é o dono da estrutura. O que estão a fazer é ilegal, tinham de o avisar para retirar o mesmo no prazo de cinco dias“, afirma Telma Tavares, membro do grupo, adiantando que o grupo estava “em contacto com o fornecedor desde quinta-feira” passada.
O caso foi denunciado nas redes sociais, mencionando a “censura” de “um memorial” que o grupo quis erguer pelas vítimas.
As “artes finais foram entregues na sexta e a montagem aconteceu esta madrugada [de quarta-feira]”, de forma a coincidir com a chegada do líder da Igreja Católica a Portugal.
O grupo acredita que a remoção do cartaz aconteceu por mão da Polícia Municipal de Oeiras por terem “tido essa indicação e recebido fotografias dos agentes à volta do cartaz” durante a manhã.
A SIC Notícias pediu esclarecimentos à Câmara de Oeiras, que disse apenas que: “No município de Oeiras toda a publicidade ilegal é retirada, neste e em todos os casos“.